segunda-feira, fevereiro 26, 2007

And Oscar goes to...


Martin Scorsese como o melhor diretor. "Os Infiltrados" como melhor filme. Helen Mirren e Forest Whitaker como melhores atores. O óbvio! O alemão "A vida dos outros" como melhor filme estrangeiro. A surpresa da noite! "O labirinto do fauno" ganhou ficou com os prêmios - merecidos - de melhor fotografia, direção de arte e maquiagem.
Quem esperava um Oscar político, dançou!!! "Babel" ganhou um único prêmio:
Gustavo Santaolalla recebeu a estatueta por melhor trilha sonora original. O filme também perdeu, injustamente, o Oscar de melhor atriz coadjuvante. Adriana Barraza, a mexicana de "Babel" é superior que a estreante Jennifer Hudson (Dreamgirls - Em busca de um sonho). O musical, "Dreamgirls", além de ter perdido o prêmio de ator coadjuvante que era dado como certo a Eddie Murphy não ganhou como melhor canção. Sua outra estatueta foi como melhor mixagem de som. E o oscar de ator coadjuvante foi para Alan Arkin de "Pequena Miss Sunshine".

Conclusão: Hollywood se redimiu da culpa de nunca ter dado um Oscar a Scorsese. Além de ter concedido os dois principais prêmios a "Os Infiltrados", fez uma homenagem ao diretor encarregando seus três melhores amigos a lhe entregar o prêmio: George Lucas, Steven Spilberg e Francis Ford Coppola. Os mexicanos que lideraram a lista de indicações não ganharam as principais categorias.

Depois de repetir Thank You por 12 vezes, Martin Scorsese disse:

"Vocês poderiam conferir de novo o envelope, por favor? Digo, estou muito emocionado com essa honra da Academia e de ser presenteado por meus velhos, velhos amigos. Lá se vão 37 anos. Estou tão comovido, tão comovido".
"Eu só gostaria de dizer também que tantas pessoas ao longo desses anos me desejaram isso. Você sabe, eu saía andando pela rua, e as pessoas diziam para mim. Eu ia ao consultório médico, em qualquer lugar. Elevadores, e as pessoas dizendo, 'você deveria ganhar um, você deveria ganhar um'. Eu vou tirar um raio-X, 'você deveria ganhar um'. E eu digo: obrigado. Amigos meus ao longo dos anos e amigos que estão aqui nesta noite e estão me desejando isso, obrigado. Isto é para vocês",

PS: Eu não torcia para "Os Infilitrados", mas fiquei muito feliz e emocionada com a prêmio concedido a Scorsese. Apesar, de achar o filme, adaptação de um romance policial de Hong Kong, inferior aos outros qeu concorriam, a premiação de melhor diretor foi justa. Talvez, um dos "oscars" mais justos, em um evento que é tradicionalmente marcado pelo injustiça. E eu concordo com o crítico Ricardo Calil, se foi uma tentativa da academia se redimir da culpa de não ter concedido a estatueta a Scorsese pelos seus melhores filmes de fato - "Taxi driver”, “Touro indomável” e “Os bons companheiros”- pelo menos foi uma rendição merecida!


Confiram a lista:

- MELHOR FILME

"Os Infiltrados".

- MELHOR DIRETOR

"Os Infiltrados".

- MELHOR ATOR

Forest Whitaker, por "O Último Rei da Escócia".

- MELHOR ATRIZ

Helen Mirren, por "A Rainha".

- MELHOR ATOR COADJUVANTE

Alan Arkin, por "Pequena Miss Sunshine".

- MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Jennifer Hudson, por "Dreamgirls - Em Busca de um Sonho".

- MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

"Pequena Miss Sunshine" (Michael Arndt).

- MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

"Os Infiltrados" (William Monahan).

- MELHOR FILME ESTRANGEIRO

"A Vida dos Outros" (Alemanha).

- MELHOR DOCUMENTÁRIO EM LONGA-METRAGEM

"Uma Verdade Inconveniente", dirigido por Davis Guggenheim.

- MELHOR FOTOGRAFIA

"O Labirinto do Fauno" (Guillermo Navarro).

- MELHOR MONTAGEM

"Os Infiltrados" (Thelma Schoonmaker).

- MELHOR DIREÇÃO DE ARTE

"O Labirinto do Fauno" (Eugenio Caballero e Pilar Revuelta).

- MELHOR FIGURINO

"Marie Antoinette" (Milena Canonero).

- MELHOR CANÇÃO

"I Need to Wake Up", de "Uma Verdade Inconveniente" (Melissa Etheridge).

- MELHOR TRILHA SONORA

"Babel" (Gustavo Santaolalla).

- MELHOR MAQUIAGEM

"O Labirinto do Fauno" (David Marti e Montse Ribe).

- MELHOR EDIÇÃO DE SOM

"Cartas de Iwo Jima" (Alan Robert Murray).

- MELHOR MIXAGEM DE SOM

"Dreamgirls - Em Busca de um Sonho" (Michael Minkler, Bob Beemer e Willie Burton).

- MELHOR EFEITO ESPECIAL

"Piratas do Caribe - O Baú da Morte" (John Knoll, Hal Hickel, Charles Gibson e Allen Hall).

- MELHOR ANIMAÇÃO

"Happy Feet - O Pingüim", dirigido por George Miller.

- MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM

"The Blood of Yingzhou District".

- MELHOR ANIMAÇÃO EM CURTA-METRAGEM

"West Bank Story" (Ari Sandel)

PS: Só sinto não ter colocado uma foto maior.


domingo, fevereiro 25, 2007

Oscar 2007

É Hoje!



É hoje o dia da maior e mais COMERCIAL premiação do cinema. Para quem gosta, para aqueles que fazem apostas sobre quais serão os vencedores e mesmo para aqueles que não gostam, falam mal, mas desejam entender os critérios que são levados em conta para a escolha de uma categoria, o Cinema em Cena (site referência do universo cinematográfico pop do Brasil, a sede se localiza aqui em Belo Horizonte) publicou um guia explicando o que os membros da Academia utilizam para definir quem deve ganhar o Oscar.

Vale a pena ler! A matéria esclarece as confusões criadas em torno das categorias Som e Melhor Edição de Som, o que é e o que não é levado em conta para se escolher o filme de melhor Efeito Visual e quem realmente ganha o prêmio de Melhor Filme.

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Vocês já fizeram suas apostas? Eu já havia feito no post em que anunciei os indicados. Como sei que este prêmio é uma grande bobagem ( que fique claro, não pelos indicados, mas pelas escolhas, "muitas vezes" injustas que são feitas a partir desses indicados) estou sem paciência para "chutar"). Porém, concordando com metade da crítica brasileira, acredito que as escolhas serão pulverizadas, da mesma forma que aconteceu no Globo de Ouro. Agora, discordando desses mesmo críticos, torço para Os Infiltrados de Martin Scorsese não ganhar. Assim, como acredito que nem o diretor deve ganhar. A propósito, Miss Sunshine deve ganhar o Oscar de Melhor Filme e Paul Greengrass como melhor diretor. Audácia minha? Não sei. Talvez.

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PS: Explicando o caráter injusto das premiações. Os votantes nunca se encontram. Estão espalhados pelo mundo. (No Brasil,
Fernando Meirelles, Walter Salles, Hector Babenco, Bruno Barreto e César Charlone são alguns deles). As campanhas publicitárias podem ajudar, mas o jabá foi proibido este ano.
"Este ano até os presentes para os apresentadores foram proibidos, já que estavam sob suspeita do Imposto de Renda. No máximo, disponibilizam os DVDs para cada um poder assistir em casa o filme que não viu nas salas de cinema". (Rubens Ewald Filho).
Portanto, os votos são dados pela amizade, ou exclusão. O que, na minha opinião, tira a total credibilidade do evento.

Globo e TNT exibem a entrega do Oscar. A Globo, como sempre, não irá aletrar sua programação e só passará a transmitir depois do Big Brother. A TNT, canal de tv a cabo, começa a exibir a cerimônia desde o desfile das celebridades do tapete vermelho. E eu, vou acompanhar alguma coisa na internet e depois, vou dormir.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Siamese Dream

Como não quero parar de postar aqui, e sei que muita gente está me cobrando posts novos publico um texto que escrevi há quase um ano para a aula de Jornalismo Especializado, me remete aos tempos de Biblioteca Pública e vou também matéria votada no Overmundo.

'Ler: Um sonho a mais'

Todos os dias, às 8h da manhã, os auxiliares de biblioteca João Eustáquio Gomes Cosso e José Fernandes da Silva saem em um caminhão recheado de livros e seguem com destino a bairros da periferia de Belo Horizonte, levando conhecimento e diversão através da leitura para a população carente moradora desses bairros. Ao contrário do que pensam muitos, essas pessoas possuíam o hábito de leitura antes do atendimento do caminhão, mesmo sem contar com uma biblioteca comunitária em suas regiões.
O caminhão, ou “carro-biblioteca”, como assim é chamada a pequena biblioteca móvel, pertence à Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa e visita os bairros - Tupi, São Marcos, Jaqueline, Rio Branco e Vale do Jatobá. Cada um deles é visitado em um dia da semana. Um grande número de moradores desses bairros já gostava de ler e, devido à ausência de uma biblioteca na região e a dificuldade de acesso à sede da BPELB, situada na Praça da Liberdade, solicitaram junto a essa a visita semanal do carro.
O carro-biblioteca que foi criado no ano de 1959, um ano após a construção da Biblioteca Estadual, surgiu a partir da necessidade de facilitar o acesso ao empréstimo de livros à população de bairros da periferia que não tinham bibliotecas. Além disso, foi uma maneira encontrada para estimular-lhes o hábito de leitura a fim mobilizar os moradores a pressionar a Prefeitura de Belo Horizonte para a criação de uma biblioteca.
Anteriormente, o carro visitava dez bairros, um a cada 15 dias, porém, segundo Márcia Caldas de Melo, diretora de Extensão e Ação Regionalizada e responsável pelo projeto desde julho de 2004, visando atender mais intensivamente cada bairro e para evitar a perda de material devido ao tempo prolongado que cada pessoa ficava com o livro, optou-se por apenas cinco. Nessa época, cada bairro era visitado em um intervalo de quinze dias.
De acordo com Márcia, esse atendimento é feito por dois a três anos em cada bairro, “tempo que julgamos necessário para que a população se mobilize e crie sua biblioteca”, diz. Os cinco atuais bairros começaram a receber a visita em outubro de 2005 e já colhem seus frutos. Exemplo disso é o bairro Rio Branco, situado na zona norte e próximo à Venda Nova, que com auxílio da Paróquia São Geraldo, responsável pela solicitação de visita do carro, já planeja a construção de uma biblioteca no local.

O exemplo que dá certo

O Bairro Rio Branco, situado na região de Venda Nova, que conta com 75 pessoas cadastradas ao empréstimo de livro junto ao carro, serve como exemplo para mostrar que este apenas facilitou o acesso aos livros. Muito antes de receber o atendimento, os seus moradores gostavam de ler e se disponibilizavam a dirigir ao centro da cidade ou à biblioteca do Serviço Social do Comércio (SESC) para alugar livros.
Durante a manhã de uma terça-feira, dia em que o bairro recebe o caminhão, 17 pessoas, entre elas crianças, jovens, adultos e idosos, visitaram o carro, e, indagadas sobre o hábito de leitura, responderam sem qualquer dúvida que além de gostarem de ler, já mantinham o hábito antes de receberem o “carro-biblioteca”. “Adoro ler, faz parte da minha vida, sempre tive hábito de leitura” diz convicto o morador Elton Antônio de Oliveira, que lê em média 40 livros por ano. Ainda segundo ele, “o carro só serviu para influenciar ainda mais e facilitar muito o acesso”. Maria Geralda Sales, serviçal da paróquia São Geraldo concorda com ele. Além de gostar de ler bastante, já tinha o hábito. “O carro só facilitou, está perto de casa.”
Além da facilidade de acesso e gosto pela leitura, os moradores concordaram em que o acervo existente corresponde à necessidade. “Sempre quando não tem um livro que quero, na outra semana eles trazem”, diz Renata Antônia Silva Carvalho. Para Elenice Pereira da Silva, o carro atende em todos os sentidos, informação, diversão, facilidade de acesso. Porém, todos eles reclamam da freqüência das visitas, acham pouco: “Tinha que vir duas vezes por semana”, diz Eliana Almeida Souza.
A procura é tamanha que Fábio Rogério de Morais, assistente administrativo da Diocese de Belo Horizonte e responsável pela divulgação do carro na paróquia São Geraldo, diz que já há um estudo para a implantação de uma biblioteca comunitária nas dependências da igreja. A paróquia tem um papel fundamental na vida do carro neste bairro, supondo pela sua importância geográfica: “A população massiva é católica”, afirma ele.
“Julgando que a leitura é parte da cultura, é interessante que a igreja, através do “Projeto de Ação Social”, traga e ajude na divulgação do carro-biblioteca no bairro”, afirma Fábio. Ainda segundo ele, a parceria é bem sucedida, pois havia uma demanda grande por livros que não eram emprestados, uma vez que as bibliotecas existentes no bairro pertenciam a escolas e não eram abertas ao público.
Assim, o carro-biblioteca abrange um maior público, além de honrar com a frase escrita nos dois lados de sua carroceria: “Ler: um sonho a mais”.

PS: Eu volto por aqui, de verdade, depois do carnaval. Como todo bom brasileiro e que não tem vergonha de se assumir como tal.


sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Espaço para o outro...

Não sei se o título do post ficou legal, mas não consegui encontrar um melhor. Mas, fico satisfeita em saber que vai ser um texto bacana que eu vou colocar aqui.
Eu nem ia postar nada hoje, afinal de contas, essa semana foi uma correria total... Estava pensando em escrever algo somente no domingo. Algo que explicasse o meu sumiço desse blog que parece enfim estar sendo reconhecido. Mas, ao ler o sétimo comentário do polêmico post do Rappa foi impossível deixar isso passar em branco. Como não sei se as pessoas que vem aqui tem o costume de ler os comentários, vou publica-lo na íntegra. Gostaria muito que seu ator visse que abri este espaço e que aqui venho me desculpar pelo MEU erro. Deveria ter pesquisado mais, antes de falar algo. Quero ressaltar que, mesmo assim, ainda continuo não gostando das músicas da banda de pop rock brasileira "O Rappa", mas acho fundamental abrir espaço para opiniões divergentes da minha. Gosto disso, não é à toa que eu adorava as discussões que eu tinha com o Rodrigo na época em que ainda trabalhava na biblioteca pública. Longe de qualquer tipo de moralismo e demagogia - na verdade eu odeio essas duas atitudes - mas, acredito que a gente cresça com as idéias diferentes das nossas.
Está, portanto, aí abaixo o comentário de Marcos Ferreira Calumbi. Vale a pena ler. E você, soube expressar sim, muito bem!

"Olá,
Você já assistiu "quem somos nós"? é um documetário "talvez" interessante.

Achei muito boa sua critica ao filme Babel, apesar de ainda não tê-lo assistido, acredito que você conseguiu passar o que o filme tenta ser...

Em contra-partida, me decepicionei um pouco com o comentário sobre O Rappa, principalmente devido a falta de conhecimento sobre o assunto.

A maneira como somos criados nos faz ver as coisas de formas bem diferentes, as vezes fica difícil enchergarmos o que está diante de nossos olhos e precisamos de um cutucão na testa por alguém.

Realmente não é fácil entender que "o avião do trabalhador", a "minhoca de metal
Que entorta as ruas" é o ônibus que leva o trabalhador ("a mochila amassada
Uma quentinha abafada (vidinha abafada)"), "quase um curral", "Mas por aqui todo mundo se encosta"...

A falta de conhecimento a que eu me refiro é pelo fato de que o principal letrista do rappa era o Marcelo Yuka e após sua saída, não houve nenhum outro principal. A música do exemplo nem é de um integrante da banda e sim de um irmão, do Marcos Lobato.

Concordo que muitas das pessoas que escutam as músicas nem sabem o que elas querem dizer, vão pelo ritmo, pela moda, pela influência, como ocorre com diversos outros grupos, com é com Gabriel pensador com músicas antigas como "Sou playboy" e "loira Burra".

Eu não sou nenhum grande fã de O Rappa, nem me lembrava da música em questão, mas justamente, por ter a certeza de que eles não fariam letras sem sentido (concordo que tem algumas coisas mais difíceis) fui atrás para ver.

Não gostar não significa não respeitar. Por mais que muitos escutem por moda e influência, isso acaba martelando na cabeça das pessoas. Eles não estão pensando em simplesmente ficarem ricos, querem fazer algo diferente e fazem.

Saber tirar o que há de bom das coisas é algo que não tem preço, evitar o pré-conceito concebido pela falta de discussão e conhecimento nos faz sermos melhores.

Não consigo expressar tudo o que tenho vontade escrevendo e espero que você não me leve a mal, mas esta é a opinião de alguém que entrou de bobeira por aqui e resolveu com muito bom intuito deixar uma mensagem.

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