quinta-feira, agosto 24, 2006


...Silent Hill - "Terror em Silent Hill"

Não assisti a "Terror em Silent Hill", ou simplesmente "Silent Hill" (o tratarei assim), por ser uma daquelas fanáticas por playstation e videogames afins e nem por me interessar por filmes de suspense. Não tenho a menor coordenação motora para jogar videogames e já se foi há muito a época em que me divertia adivinhando os finais das histórias de terror. A maior motivação para que eu assistisse ao filme inspirado nos dois primeiros jogos da série de playstation homônimo, foi o fato de ter ganhado a entrada para a pré-estréia. (Meu namorado trabalha para um site de cinema).
Porém, o filme dirigido por Christophe Gans, diretor de “O Pacto dos lobos”, me surpreendeu em um aspecto. O ambiente nebuloso criado para provocar uma sensação agonizante no espectador e a fotografia feita a partir deste garante o maior trunfo do filme: sua beleza estética. Sim, artisticamente falando Silent Hill é bonito. O visual é muito bem produzido.
Foi devido a essa característica que pouco me importei com os diálogos. Torcia a cada cena, para que os diálogos fossem ainda menores. Não faziam falta, queria apenas mergulhar naquelas impressões que as imagens por si só eram capazes de produzir em mim. Confesso, que a história ali, não me interessava a mínima. Era uma mera repetição de todos aqueles outros roteiros. Os mesmos dramas, o mesmo desenrolar e a mesma conclusão de todos os filmes de mesmo gênero. As semelhanças com “Os outros” e o “O chamado”, são notáveis. Ao final, quando se entende tudo, dá a impressão de que “Silent Hill” mistura um pouco desses dois outros filmes.
Outro ponto em que o filme merece destaque são as imagens grotescas. Característica óbvia desse tipo de filme, as cenas de horror são as mais nojentas já produzidas. E, também, as mais bem feitas. Além disso, algumas seqüências conseguiram me assustar. Fato inédito, uma vez que nunca havia sentido medo ao assistir filmes. Talvez, o diferencial do filme tenha sido esse, a excelente qualidade visual. Apesar, de apresentar uma história fraca, as imagens cumprem bem o seu papel de provocar uma atmosfera de tensão.

P.S: A escolha desta foto se deve a dois motivos: representar a atomosfera nebulosa do filme e NÃO colocar aquele cartaz já exaustivo, de divulgação do filme, em que a menina aparece sem boca.

Silent Hill - dirigido por Christophe Gans
com Radha Mitchell, Sean Bean, Jodelle Ferland
duração 127 min
Estados Unidos/2006

segunda-feira, agosto 21, 2006

Jurtz Blump

... Aniversário

A justificava do atraso na atualização deste blog apresenta-se abaixo.


Muitas coisas relacionadas no flyer acima não procederam. Mas foi graças aos acontecimentos do último final de semana que estou recheada de coisas para postar. Se alguém ainda está disposto a ler este blog, aguarde.

segunda-feira, agosto 14, 2006

Novo Cinema Oriental - Parte II

...Herói

Dando continuidade à mostra dos filmes produzidos no oriente, o Centro de Cultura Belo Horizonte (CCBH), exibe nesta quarta-feira às 19h o filme "Herói" (Ying Xiong/ China 2002).
Dirigido pelo chinês
Zhang Yimou ("Nenhum a menos e "O clã das adagas voadoras") o filme "Herói", é uma verdadeira lição de paz mostrada através de uma filmagem plasticamente perfeita. Na história, que se passa em uma China ancestral dividida em sete reinos, um homem (interpretado por Jet Li) surge declarando ter assassinado três inimigos do Reino da Província do Norte após passar mais de dez anos estudando a técnica da espada. Se fosse resumido somente a essa história, o filme seria comum. Porém, Yimou consegue transforma-lo em um filme indiscutivelmente belo ao utilizar uma característica comum a maioria dos filmes orientais: o abuso da utilização das cores. Só que dessa vez, carregadas de significações. Sem compreende-las, fica difícil para o espectador entender o que a história quer transmitir. E isso o diretor só consegue graças as várias versões apresentadas pelo tal assassino ao soberano da província, o rei Qin. São contadas várias histórias e em cada uma delas são também destacados os sentimentos mobilizadores de cada assassinato. E relacionadas a esses sentimentos estão as cores de cada uma das cenas. Assim, as cores das roupas e as tonalidades predominantes do cenário mudam de acordo o sentimento dos persongens que se almeja destacar. Até que se chegue a cor branca e junto a ela venha a história verdadeira e assim qual é de fato o melhor método de destruir o inimigo. As cores adquirem portanto, um cárater simbólico, mote central do filme. Talvez, seja o casamento acertado entre a história, estruturada a partir de flashbacks diferenciados pela cor predominante das cenas, e a plasticidade conseguida através de uma fotografia perfeita tenha sido o grande trunfo do filme. Coisa que Zhang Yimou não conseguiu com " O clã das adagas voadoras" dois anos depois. O filme que apresenta algumas cenas que de tão bonitas, se tornam muito próximas de uma pintura, peca por desenvolver uma história singela demais, pela beleza plástica que carrega.

A atriz da foto retirada do site adorocinema é a bela Zhang Ziyi que interpreta Lua. Ela trabalhou com Zhang Yimou em outros dois filmes, "O caminho para casa" (1999), seu primeiro filme, e "O clã das adagas voadoras" (2004).

sexta-feira, agosto 11, 2006

Agosto

Festival Interncional de Teatro. Salão do Livro. Festival de Jazz na Savassi. Festival Indie de Cinema. Tudo isso aqui em BH. E as pessoas ainda insistem em falar mal do mês de agosto...

Salão do Livro

Durante a visita à 7ª edição do Salão do Livro, na noite de hoje, em Belo Horizonte uma coisa me despertou atenção. O caráter capitalista da feira verificado a partir do estilo dos livros destacados pelos principais stands. Uma enxurrada de obras, se é que podem ser consideradas como tal, como aquela coleção dos livros de ficação policial do escritor Dan Brown, incluindo as inúmeras variáveis do best-seller "O código Da Vinci", e "O caçador de pipas "
do escritor Khaled Hosseini e "Quando Nietzsche chorou" eram unanimidade em stands das livrarias Leitura, Acaiaca e Boa Viagem. Nenhum problema, desde que houvesse um equilíbrio e existissem boas obras. Porém, pouquíssima coisa conseguiu provocar em mim um interesse verdadeiro. Levei Amor líquido do sociólogo polonês Zygmunt Bauman. Publicado em 2003, em duas semanas de aula o livro já foi citado por dois professores meus. Livros novos mesmo, poucos se destacam.

É, eu sei que esse post não ficou lá essas coisas, mas é que eu estava tão afim de escrever. Em breve, mais comentários sobre a 7ª edição do Salão do Livro. Pretendo ir ao evento na terça-feira para assistir o "Salão de Idéias" com o jornalista da Folha de S.Paulo, Gilberto Dimenstein. O tema da conversa será seu mais recente livro, "O Mistério das Bolas de Gude: histórias de humanos quase invisíveis”.
O segmento está previsto para as 16h30min e se realizará no Pavilhão Mário Palmério, com distribuição de senhas uma hora antes na secretaria executiva. Ás 18h, o jornalista participará de uma sessão de autógrafos no stand da asteca Distrubuidora. O salão do livro acontece na Serraria Souza Pinto das 9 da manhã às 22 da noite e a entrada é franca.

E por falar em "Salão de Idéias"...

Novidade na 7ª edição do "Salão do Livro", o "Salão de Idéias" se caracteriza por seguir o mesmo modelo do consolidado "Encontro Marcado". Porém, ao contrário do precursor que traz nomes consagrados da literatura mundial, o segmento surge com a proposta de abrir espaço para a participação de autores de outras áreas do conhecimento, como filosofia, comunicação, astronomia e sociologia.
O evento previlegiará também um bate-papo informal, onde o entrevistado contará sua trajetória, seu processo de criação e a relação com o universo literário. Fato que se distingue do "Encontro Marcado" que se destaca por sua formalidade; os convidados são entrevistados por um entrevistador pré-determinado. Além disso, os convidados terão espaço para a leitura de trechos de suas obras.
Alguns dos principais convidados serão o candidato ao governo de Minas, Nilmário Miranda, que discutirá o tema direitos humanos e o jornalista da tv Globo, Maurício Kubrusly.
O Salão será aberto, amanhã, dia 12 de agosto com o filósofo Mario Sergio Cortella.

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Lendo Rainer Maria Rilke e descobrindo a literatura estrangeira. Ah, e suas obras também têm um caráter existencialista, para combinar com meu atual estado de espírito.

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11 de agosto. Dia do estundante. Só para lembrar.

domingo, agosto 06, 2006

Centro de Cultura Belo Horizonte

O Novo cinema oriental

As filmografias orientais são consideradas, atualmente, as melhores produções cinematográficas mundiais. Apresentando quase sempre um roteiro filosófico, exibindo uma fotografia impecável e usando e abusando das cores os filmes produzidos em países como Coréia do Sul, Japão e China, encantam o público e destacam-se nos grandes festivais de cinema mundo afora. Além disso, exercem influência sobre os diretores ocidentais. Aproveitando a onda, o Centro de Cultura Belo Horizonte (CCBH) apresenta neste mês de agosto um panorama da recente produção do cinema oriental. As sessões serão realizadas nas segundas e quartas-feiras a partir das 19 horas. A entrada é franca , sendo que os convites serão distribuídos 30 minutos antes, na recepção.

Os filmes da semana

Na segunda...

O filme exibido amanhã, dia 7 de agosto, será “Depois da Vida” (Wandafuru Raifu) do diretor japonês Hirokazu Kore-eda. Produzido em 1998, o filme conta a história de três pessoas que acabaram de morrer e, entre o céu e a terra, conhecem seus guias espirituais que os ajudam a se recordarem de um momento marcante de suas vidas. O momento escolhido será recriado como lembrança a ser levada ao paraíso.

Cartaz do filme "Amor à flor da pele" premiado com o César de melhor filme estrangeiro e vencedor em Cannes da categoria de melhor ator pela atuação de Tony Leung Chiu Wai.

... e na quarta

Um pouco mais famoso que “Depois da Vida” é o filme chinês “Amor à flor da pele” ( In the mood for love) que será exibido na quarta-feira, dia 9. Do diretor Wong Kar-Wai, o filme conta a história de um casal de amigos que descobre que seus respectivos pares estão tendo um caso e como passam muito tempo juntos acabam também se envolvendo romanticamente.

PS: Um ótimo presente para mim. Admiradora do cinema oriental, completo 20 anos dia 17 deste mês.

O Centro de Cultura se localiza naquele prédio de arquitetura gótica, que confude os transeuntes da esquina da rua da Bahia com Augusto de Lima que acreditam se tratar de uma igreja e por isso fazem o gesto do "em-nome-do-pai".

quinta-feira, agosto 03, 2006


...L'Enfant - A Criança



Os protagonistas Jérémie Renier (Bruno) e Débora François (Sonia) .
O filme ganhou a Palma de Ouro no festival de Cannes do ano passado

Não faço uma comparação, pois se seus estilos se assemelham, são em raras situações. Porém, depois de Ingmar Bergman, os irmãos Luc e Jean-Pierre Dardenne, talvez sejam os mais bem-sucedidos diretores a captar o sentimento humano. O julgamento é feito a partir de “A Criança”, último filme da dupla, em que eles apostam em um formato marcado pela proximidade do espectador com as atitudes dos personagens. Muito mais do que promover um simples acompanhamento frente às instabilidades dos protagonistas, o uso abusivo das câmeras nas mãos, promove uma sensação tão grande de pertencimento que acaba incomodando aquele que o assiste.
Tornamo-nos mais vulneráveis, a ponto de nos envolvermos com os protagonistas. Somos capazes de rir, chorar e em alguns momentos trazer para nós suas angústias e aflições. A história do filme é marcada pela trajetória de Bruno, um jovem que vive à custa de roubos e furtos, mas que começa a viver uma crise de identidade a partir do nascimento de seu filho. O conflito começa quando ele decide vender a criança o que acaba provocando a ruptura com sua namorada Sonia.
Assim, percebe-se uma outra característica do cinema feito pelos irmãos belgas, a de utiliza-lo como forma de transmissão de uma mensagem. Como ambos chegaram a afirmar, o personagem Bruno funciona como metáfora da situação do mundo atual. Em que o dinheiro se transformou em um sujeito do indivíduo humano. A valorização dada a ele é tão exacerbada que o ser humano é incapaz de conhecer seus limites deixando que ele o domine.
Cabe também, uma outra interpretação de “A Criança” sobre uma outra ótica. Os diversos tipos de reações sofridas pela pessoa frente às situações impostas pela sua condição e a constante transformação que esses fatos imprimem ao homem. Sonia encara o nascimento do filho de uma determinada maneira, ao passo que Bruno o vê de uma outra forma, o que acaba levando a moça a alimentar um sentimento de ódio pelo rapaz. Porém, trazendo um pouco de esperança ao cenário pessimista da história, ambos se modificam e no final, a gente chora junto. Acredite. Um filme simples e bastante reflexivo. Vale a pena.

PS: Postar fotos amanhã, porque, infelizmente, today isn't possible. Ô saco, viu!!!

quarta-feira, agosto 02, 2006


...Na mesma

Já se passaram mais de dez anos da publicação de “Rota 66” de Caco Barcellos. Algumas das narrativas presentes no livro aconteceram há mais de trinta anos. Porém, parece incontestável a semelhança e atualidade dos fatos relatados se compararmos com a atitude da Polícia Militar frente ao ataque do PCC (Primeiro Comando Capital) ocorridos em São Paulo no primeiro semestre deste ano.
No livro, o jornalista da Rede Globo relata os assassinatos de pessoas inocentes cometidos pelas Rotas (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), entre as décadas de 70 e 80. Caco Barcellos fez uma apuração ostensiva, para provar que as mortes cometidas pela Polícia Militar durante o período, vitimaram mais inocentes que bandidos. Sendo que as maiorias dos mortos eram negros e pobres. A pesquisa custou a Caco sérias ameaças de morte.
Hoje, ao ler o caderno Cotidiano do jornal Folha de S. Paulo, percebi que se a situação se modificou, mudou muito pouco ou quase nada. A reportagem cuja manchete era algo do tipo “Morte cometidas por policiais subiram 84,5% e prisões caíram 2%” não é explícita, mas induz o leitor a concluir as suspeitas quanto aos tiros disparados por policias militares durante os ataques do PCC entre os meses de maio e junho deste ano. Sim, entre abril, maio e junho deste ano foram mortos pela polícia 212 pessoas, sendo que apenas 92 eram criminosos. Se incluirmos o primeiro trimestre, o número de vítimas sobe para 328. No ano passado, a polícia matou apenas 178. Porém, o comandante-geral da Polícia Militar, Elizeu Eclair Teixeira Borges, nega enfaticamente “A polícia não matou inocentes nos confrontos com o PCC”. Outro dado interessante, foi a da redução de 2,6% de prisões e a menor apreensão de armas. No mesmo período de 2005 foram presos 44.454 criminosos, enquanto esse ano o número foi de 44.270. Negligência? Não sei. Não arrisco, sem ter como provar.
Mas, uma outra notícia, talvez mais interessante pelo caráter polêmico, revela a incompetência do governo do estado de São Paulo, copiada inclusive pelo restante do país. O governo Federal aumetará em 10 milhões a verba destinada à segurança. O valor subirá para 110 milhões para...Pasmem. Com o dinheiro, serão construídas mais quatro unidades prisionais ou Centros de Detenção Provisória, CDP’s, unidades para os detentos aguardarem o julgamento.
Diante do fato, insisto em minha utopia, bastante influenciada pelo livro “Cartas da Prisão” de Frei Betto e defendo a opinião de que o alvo ao qual se aplica a verba está errado. O problema não é a falta de presídio, mas a péssima qualidade dos existentes. Cadeia, é escola para o crime. Até o sujeito mais alienado já conhece o velho lema de que cadeia não forma, mas deforma. Portanto, esse dinheiro deveria se destinar a melhorar a qualidade do sistema carcerário.
Ou será que eles ainda tem dúvidas de quem, ou de onde vem a parcela de culpa de rebeliões ou ataques do PCC? Para alarmar ainda mais a situação, a reportagem revela ainda um outro dado, a capacidade dos presídios subirá para 800 presos. Número acima do recomendado para a recuperação dos presos. Precisa falar mais?


terça-feira, agosto 01, 2006

...I'm so sad

A manhã já apresentava prenúncios de que não seria um dos melhores dias de sua vida. Também não anunciava que seria tão ruim, como de fato, foi. Tudo bem que não demonstrara nem um pouco de entusiasmo com o reinício das aulas, após mais de um mês de não-descanso. Mas este espírito pouco animador não precisava ser o responsável por acarretar algumas situações constrangedoras ou no mínimo delicadas como as que passei durante o dia de hoje. Não que meu desânimo fosse o culpado de tudo o que aconteceu, porém quando você não começa seu dia bem as coisas parecem não se encaixar.
Primeiro, o “quase” acidente. Foi milagre aquele ônibus de turismo que surgiu no cruzamento da Paraná com Tupis, após avançar o sinal, em pleno centro de BH, às 6:30 da manhã, não bater na lateral do meu “amado” veículo azul 4111. Por um triz o transporte não estraga o sonho de alguns calouros e de outros tantos jovens universitários. Durante a aula, aquele papo furado de sempre. Apresentações, planos de estudos, formas de avaliação ou o modo correto de se comportar em uma universidade. E junto com isso tudo aquele sensação de não-pertencimento. De não saber o que ainda faz em um lugar que já revelou há muito não ser o ambiente que se sente melhor.
Sentimentos estranhos, sorrisos falsos, mau-humor incontrolável e uma vontade louca de fugir de tudo isso. Desanimada por demais para o início.
Ao decorrer do dia, aquele encontro que talvez não tenha sido um dos melhores, que culminou com uma ligação já no fim do dia que serviu para alimentar ainda mais minha imaginação terrível. Teria sido pior se telefonasse para saber o que acontecera, ou acontecia, não sei. Atraso, dor de cabeça, fome, tontura. Por um instante chegou a acreditar que aquele cenário se modificaria e com o perdão da expressão, após a "tempestade viria a bonança". Mas não. Talvez esse 1° de agosto tenha se revelado ainda pior. Culpa, do cigarro que literalmente estava picado do outro que demorou para acender. Daquele pivete que além de roubar-lhe o cigarro ainda tentou assaltar-lhe duas vezes. Mas talvez o mais ridículo tenha sido quando caiu ao embarcar naquele ônibus triste e vazio. Machucou a perna, torceu os ombros e chorou. Não sei bem se de dor ou de desespero. Mas sei que chorou, e muito. E se sentiu sozinha...

PS: Perdoem-me o drama. Preferiria ter escrito um texto irônico em que eu brincasse com a minha própria condição. Algo do tipo "estou me fudendo". Mas hoje foi o dia em que nem os elogios conseguriam satisfazer-me. E nem o foda-se foi capaz de aliviar.

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É preciso que algo aconteça, eis a explicação da maior parte dos compromissos humanos. É preciso que algo aconteça, mesmo a servidão sem amor, mesmo a guerra ou a morte.”

Albert Camus, A queda

E a isso eu acrescento...Do contrário não nos contentamos e a vida vira uma desgraça, perde o sentido. O ser humano vive da espera. Crônica. Quando algo finda é preciso que venha outro algo. E eu, infelizmente me encaixa perfeitamente nessa definição.


 
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