quarta-feira, janeiro 28, 2009

Sobre as indicações ao Oscar 2009

Meio atrasada, mas ainda em tempo...
Muito se falou da ausência de Batman na lista dos indicados, da presença do meio independente como Slumdog Millionaire, que tem pouco a cara de premiações mainstream como o Oscar, da bonitinha super-feita animação Wall E não ter extrapolado a indicação de Melhor Animação e ser indicada também a de melhor filme... Contradições e críticas a parte, ninguém pode se esquecer do caráter autoral e do destaque a novos diretores como David Fincher, o melhor da atualidade em minha opinião, ou de Danny Boyle.
Discordando da opinião do crítico Ricardo Calil, encaro como um grande mérito a academia ter ignorado blockbusters, e priveligiado obras, como já disse, de caráter mais autoral. Além disso, contradizendo Calil, mais uma vez, não é um costume de Hollywood se esquecer dos sucesso de públicos. Ou o que podemos dizer do fraquíssimo Titanic, maior líder de premiações até hoje?!
Já assisti ao belo - seja pela sua história ou pela estética - O curioso caso de Benjamin Button, mas faço os comentários depois.

terça-feira, janeiro 20, 2009

Fim dos tempos, ataques alienígenas, liçõezinhas de moral baratas e outras baboseiras

Depois de assisitir ao fraquíssimo O dia em que a terra parou - não é exagero algum o filme concorrer ao Fraboesa de Ouro - fiquei pensando em como todos esses filmes que se propõe a tratar de assuntos tão instigantes como a possibilidade de vidas em outros planetas ou o fim o mundo são tão pouco criativos, caindo sempre na mesma fórmula barata: muita ação, (d) efeitos especias e lições de moral baratas. Sendo que essa última característica ganha fôlego em últimas filmagens como o desastrado Eu sou a lenda, Fim dos Tempos e no exagerado O dia em que terra parou. O cinema incorpora e leva às telas o que as diversas profecias sobre o final dos tempos não cansam de alertar: é preciso que os seres humanos mudem suas atitudes, do contrário eles serão extinguidos do planeta e sobrarão somente os bem-aventurados de coração. E, como se não bastasse todos eles cairem nesse mesmo cliché, ainda acreditam na generosidade de nossa espécie, uma vez que em um passe de mágica - e como se fosse possível - nos transformamos nas melhores criaturas do mundo.
Longe de manter uma postura cética em relação a existência de vidas em outros planetas ou de não não acreditar em teorias que explicam a extinção da vida no planeta Terra. Esses assuntos, depois do cinema, talvez sejam os que me despertam maior atenção. Aliás, não só a mim, mas acredito ser inerente a espécie humana, afinal de contas, as profecias sempre existiram - fenômenos como Boriska não são uma criações dos últimos tempos - e a curiorisidade sobre o universo, se estamos sozinhos ou não, existe desde os primórdios da humanidade. E é justamente por isso que chamo atenção para a pouca criatividade da ficação científica contemporânea em retratar tais assuntos. Seria mais digno ou plausível se o cinema abandonasse o caráter apocalíptico da chegada de outras civilizações à Terra e buscassem uma abordagem mais filosófica ou sociológica; o que esse encontro represetaria para a espécie humana e como lidariámos com criaturas tão diferentes. Uma outra forma seria explorar como esses seres conseguiram evoluir mais do que nós, humanos, e chegaram ao nosso planeta. A mesma fórmula vale para a ameaça de destruição total, ou seja, como agiríamos caso o mundo estivesse realmente próximo do seu fim. Será que abandonaríamos nossa ambiação e preconceito e realmente nos tornaríamos criaturas bondosas diante da ameaça do fim?
No entanto, infelizmente, o cinema parece gostar de explorar mais o pânico, o medo do que se aprofundar em questões mais existenciais. Já não se fazem mais filmes como 2001: uma odisséia no espaço.

PS: Aos que se dipõem a ler esse blog, desculpem pelo meu sumiço nos últimos dias. Mas estava curtindo minhas merecidas férias, depois de três anos sem poder desfrutá-las, em um cruzeiro super família - nada de drogas, intoxicação alimentar ou coisas afins - até a cidade de Punta del Este, no Uruguay.

 
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