terça-feira, janeiro 20, 2009

Fim dos tempos, ataques alienígenas, liçõezinhas de moral baratas e outras baboseiras

Depois de assisitir ao fraquíssimo O dia em que a terra parou - não é exagero algum o filme concorrer ao Fraboesa de Ouro - fiquei pensando em como todos esses filmes que se propõe a tratar de assuntos tão instigantes como a possibilidade de vidas em outros planetas ou o fim o mundo são tão pouco criativos, caindo sempre na mesma fórmula barata: muita ação, (d) efeitos especias e lições de moral baratas. Sendo que essa última característica ganha fôlego em últimas filmagens como o desastrado Eu sou a lenda, Fim dos Tempos e no exagerado O dia em que terra parou. O cinema incorpora e leva às telas o que as diversas profecias sobre o final dos tempos não cansam de alertar: é preciso que os seres humanos mudem suas atitudes, do contrário eles serão extinguidos do planeta e sobrarão somente os bem-aventurados de coração. E, como se não bastasse todos eles cairem nesse mesmo cliché, ainda acreditam na generosidade de nossa espécie, uma vez que em um passe de mágica - e como se fosse possível - nos transformamos nas melhores criaturas do mundo.
Longe de manter uma postura cética em relação a existência de vidas em outros planetas ou de não não acreditar em teorias que explicam a extinção da vida no planeta Terra. Esses assuntos, depois do cinema, talvez sejam os que me despertam maior atenção. Aliás, não só a mim, mas acredito ser inerente a espécie humana, afinal de contas, as profecias sempre existiram - fenômenos como Boriska não são uma criações dos últimos tempos - e a curiorisidade sobre o universo, se estamos sozinhos ou não, existe desde os primórdios da humanidade. E é justamente por isso que chamo atenção para a pouca criatividade da ficação científica contemporânea em retratar tais assuntos. Seria mais digno ou plausível se o cinema abandonasse o caráter apocalíptico da chegada de outras civilizações à Terra e buscassem uma abordagem mais filosófica ou sociológica; o que esse encontro represetaria para a espécie humana e como lidariámos com criaturas tão diferentes. Uma outra forma seria explorar como esses seres conseguiram evoluir mais do que nós, humanos, e chegaram ao nosso planeta. A mesma fórmula vale para a ameaça de destruição total, ou seja, como agiríamos caso o mundo estivesse realmente próximo do seu fim. Será que abandonaríamos nossa ambiação e preconceito e realmente nos tornaríamos criaturas bondosas diante da ameaça do fim?
No entanto, infelizmente, o cinema parece gostar de explorar mais o pânico, o medo do que se aprofundar em questões mais existenciais. Já não se fazem mais filmes como 2001: uma odisséia no espaço.

PS: Aos que se dipõem a ler esse blog, desculpem pelo meu sumiço nos últimos dias. Mas estava curtindo minhas merecidas férias, depois de três anos sem poder desfrutá-las, em um cruzeiro super família - nada de drogas, intoxicação alimentar ou coisas afins - até a cidade de Punta del Este, no Uruguay.

Nenhum comentário:

 
Creative Commons License
Estrela Torta by Juliana Semedo is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil License
BlogBlogs.Com.Br