quinta-feira, outubro 12, 2006

"Uma canção é pra acender o sol, no coração da pessoa"

O pop rock do Brasil pode ser legal, o Skank prova isso...

Foto Daniel Castelo Branco (retirada do site do Programa Alto Falante)

Pegue uma banda que comemora 15 anos de carreira, oito cds lançados e que acaba de lançar o nono. Depois, coloque-a para tocar onde tudo começou, em sua cidade de origem, Belo Horizonte. Junte em um espaço abafado os fãs de todas as idades que essa mesma banda foi capaz de reunir ao logo de todo esse tempo.
O resultado? Pouco mais de duas horas de show no qual todos os antigos e futuros sucessos tocados conseguiram (como sempre!) animar o público apesar daquele calor que insistia ser insuportável. Dessa maneira, pode ser definida a apresentação da banda mineira Skank, hoje, dia 08 de outubro, no Chevrolet Hall para lançar seu último cd, intitulado “Carrossel”. E eu, estava lá.
O motivo? O Skank talvez tenha sido a única banda de pop rock que além de se desenvolver musicalmente conseguiu progredir sem se descaracterizar. A banda liderada pelo vocalista Samuel Rosa começou com um estilo meio reggae que aos poucos foi substituído por um pop rock que atingiu seu amadurecimento total. O Skank pode ser resumido hoje como uma banda que apesar das experimentações iniciadas a partir de “Maquinarama” não faz a menor questão de negar suas influências do pop. Isso garante à banda uma autenticidade tal, que mesmo aqueles antigos fãs que há muito deixaram a fase pop, continuem admirando-a.
Se mesmo iniciando o show com três músicas do último cd e até então desconhecidas da maioria do público, a banda conseguiu animar as pessoas ali presentes, nas duas seguintes: Uma partida de futebol e Esmola, eles conseguiram levar aqueles adolescentes entre 14 e 17 anos ao delírio. Até os pais que acompanhavam os filhos cantaram e pularam junto. E o suor insistindo em escorrer. E eu que nunca tinha visto Samuel Rosa falar em um show, neste, eu o ouvi dizer que estava devendo muito para aquele público fiel que sempre esgotou os ingressos dos shows da banda na capital mineira.
O show prosseguia. A banda, alternava antigos sucessos com as músicas novas. Futuros sucessos? Não sei, talvez. E quem ainda não as tinha escutado pôde comprovar que as músicas de “Carrossel” mesclam características da primeira com as da segunda fase. Nem tão psicodélico e experimental como o anterior, “Cosmotron”, talvez o melhor, porém mais relacionado ao gosto da maior parte dos atuais fãs, o público jovem, entre 14 e 17 anos.
O bis? Extenso. Seis músicas.Entre elas a repetição do single do último cd “Uma canção é pra isso”, mais músicas novas, um comentário “Vocês querem mais então vão perder os gols no Fantástico” disse Samuel e o público teve “Garota Nacional” e para finalizar “Saidera”. Bem óbvio, aliás.
O defeito? Cantar “Tanto” e defini-la como a música que tem a cara de BH. Pô Samuel e o que dizer de “Tão Seu”?

Resumindo: uma das poucas bandas capazes de agradar a todas as faixas etárias. Sem distinção.


Ficha Técnica

Quem? Skank
Onde? Chevrolet Hall
Quando? 08 de outubro, 19h. (mas só começou mesmo às 19h40min)
Público? 5.ooo mil pessoas
Para? Lançamento do cd "Carrossel"

Um comentário:

thaispimenta disse...

tá tão jornalista, hein, menina?!

e eu precisei tanto, mas tanto de vc esses dias.

=/

tenho saudades.

 
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