sexta-feira, julho 07, 2006


Alguns dizem que ditados e provérbios populares são clichês demais e outros que não funcionam. Os críticos, insistem em utiliza-los com um certo grau de ironia, em atitudes nem um pouco sérias. Os mais crentes, encontram neles o reforço para os conselhos que dão a alguém. Tem aqueles que não tem uma opinião, só gostam de lê-los mesmo para rir, e depois se esquecem. Talvez eu fosse um desses, até que...


Momento de segurança...

Desceu, e com um ar esnobe, entregou a menina do balcão os dois livros, que por vez, eram permitidos levar emprestados. A estagiária, como correspondia a sua função, tomou-os pela mão, e juntamente com eles, recebeu a carteira da mulher. Porém, ao passa-la naquele leitor de códigos de barra, se deu conta de que aquele cartão que permite o acesso aos setores da biblioteca estava vencido. “foi dado o prazo”, essa é a mensagem que aparece na tela do pc quando o registro do leitor venceu, e já lhe deram uma chance para pegar os livros.
Um acordo que funciona assim: o leitor pode levar os livros desde que se comprometa a trazer os documentos necessários para a renovação de dados no ato de devolução, duas semanas depois.
A menina, como de costume disse então à mulher: aqui, já foi lhe dado o prazo, sua carteirinha venceu, é preciso renova-la porque... Ela, sem lhe dar tempo de prosseguir a frase, abriu a boca e exibiu uma voz que no mínimo era irritante: olha queridinha, o que está escrito aí no cartão.
A menina, já percebendo que a mulher se irritara e meio sem jeito, olhou a dada marcada no verso do cartão. De fato, a data escrita, era um dia qualquer, de um mês qualquer de 2008. Então, tentou logo resolver a questão. E a mulher, ainda mais aborrecida, aumentou o tom de voz e prossegui: o sistema está falho, queridinha, já é a segunda vez que isso acontece.
A menina, em um gesto irônico tentou acalma-la perguntando o motivo do nervosismo. E ela: achei o seu modo engraçado. “isso é maneira de tratar o leitor?” “graça? aqui não tem motivo nenhum para rir, retrucou a menina que se retirava para resolver o problema. De fato, o erro foi de alguém, que no momento em que renovara a tal carteira, esqueceu-se de apagar a mensagem de “foi dado o prazo”.
A mulher, entendeu, mas continuou exagerando em sua postura, para qualquer um que ali estivesse visse. Caso resolvido. Livros registrados, a mulher pegou a pasta de reclamações e proferindo todo aquele seu lamento escreveu uma reclamação. A menina nem se deu o trabalho de importar. E quando aquela devolveu-lhe a pasta, como que para provoca-la leu em sua frente o que estava escrito. O clima piorou, e se a intenção era mesmo a de aumentar os nervos da mulher, a menina conseguiu.
Levantando mais uma vez a voz, e exibindo uma postura de revolta bastante forçada, começou o falatório. Como se aquilo tivesse invadido sua privacidade. Para terminar, perguntou-lhe o nome. Mas, a menina se recusou, não tinha qualquer obrigação de dize-lo. Então forçando para fingir uma irritação ainda maior, a mulher insistiu uma conversa com a diretora do local. Esperou uns vinte minutos, e então, tentando se fazer de lesada, explicou-lhe o fato.
A menina? Bem, esta nem se importou. Nem quando a diretora viera lhe falar, que deveria tratar bem e não causar confusão, pois, estava ali para aquilo mesmo atender bem a quem fosse, saio daquele estado de espírito pacífico que desfrutava naquele período de férias. Outras explicações clichês de rebaixar-se também foram dadas, mas nada que a fizesse questionar sua postura.
O caso? não rendeu.

Explicações: a menina sou eu, a data do episódio foi a tarde de ontem, existem pessoas que tentam te provocar, mas não conseguem, porque quem não deve, não tem o que temer mesmo.

Um comentário:

Anônimo disse...

huahuahuahua!!! Por experiência propria eu concordo com a Jú, mas é preciso ter em mente sempre que num serviço desses, onde se lida com todo tipo de gente, se está sujeito ao sofrimento de humilhações e falta de respeito de todas as formas... É bem verdade que outra pessoa me contou a história de forma um pouco diferente, mas é fato que as vezes o stress nos sobe a cabeça e não se consegue controlar, aí ja viu. ai ai... As pessoas deveriam ser menos complicadas, e mais educadas, isso sim.

 
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