Espaço para o outro...
Não sei se o título do post ficou legal, mas não consegui encontrar um melhor. Mas, fico satisfeita em saber que vai ser um texto bacana que eu vou colocar aqui.
Eu nem ia postar nada hoje, afinal de contas, essa semana foi uma correria total... Estava pensando em escrever algo somente no domingo. Algo que explicasse o meu sumiço desse blog que parece enfim estar sendo reconhecido. Mas, ao ler o sétimo comentário do polêmico post do Rappa foi impossível deixar isso passar em branco. Como não sei se as pessoas que vem aqui tem o costume de ler os comentários, vou publica-lo na íntegra. Gostaria muito que seu ator visse que abri este espaço e que aqui venho me desculpar pelo MEU erro. Deveria ter pesquisado mais, antes de falar algo. Quero ressaltar que, mesmo assim, ainda continuo não gostando das músicas da banda de pop rock brasileira "O Rappa", mas acho fundamental abrir espaço para opiniões divergentes da minha. Gosto disso, não é à toa que eu adorava as discussões que eu tinha com o Rodrigo na época em que ainda trabalhava na biblioteca pública. Longe de qualquer tipo de moralismo e demagogia - na verdade eu odeio essas duas atitudes - mas, acredito que a gente cresça com as idéias diferentes das nossas.
Está, portanto, aí abaixo o comentário de Marcos Ferreira Calumbi. Vale a pena ler. E você, soube expressar sim, muito bem!
"Olá,
Você já assistiu "quem somos nós"? é um documetário "talvez" interessante.
Achei muito boa sua critica ao filme Babel, apesar de ainda não tê-lo assistido, acredito que você conseguiu passar o que o filme tenta ser...
Em contra-partida, me decepicionei um pouco com o comentário sobre O Rappa, principalmente devido a falta de conhecimento sobre o assunto.
A maneira como somos criados nos faz ver as coisas de formas bem diferentes, as vezes fica difícil enchergarmos o que está diante de nossos olhos e precisamos de um cutucão na testa por alguém.
Realmente não é fácil entender que "o avião do trabalhador", a "minhoca de metal
Que entorta as ruas" é o ônibus que leva o trabalhador ("a mochila amassada
Uma quentinha abafada (vidinha abafada)"), "quase um curral", "Mas por aqui todo mundo se encosta"...
A falta de conhecimento a que eu me refiro é pelo fato de que o principal letrista do rappa era o Marcelo Yuka e após sua saída, não houve nenhum outro principal. A música do exemplo nem é de um integrante da banda e sim de um irmão, do Marcos Lobato.
Concordo que muitas das pessoas que escutam as músicas nem sabem o que elas querem dizer, vão pelo ritmo, pela moda, pela influência, como ocorre com diversos outros grupos, com é com Gabriel pensador com músicas antigas como "Sou playboy" e "loira Burra".
Eu não sou nenhum grande fã de O Rappa, nem me lembrava da música em questão, mas justamente, por ter a certeza de que eles não fariam letras sem sentido (concordo que tem algumas coisas mais difíceis) fui atrás para ver.
Não gostar não significa não respeitar. Por mais que muitos escutem por moda e influência, isso acaba martelando na cabeça das pessoas. Eles não estão pensando em simplesmente ficarem ricos, querem fazer algo diferente e fazem.
Saber tirar o que há de bom das coisas é algo que não tem preço, evitar o pré-conceito concebido pela falta de discussão e conhecimento nos faz sermos melhores.
Não consigo expressar tudo o que tenho vontade escrevendo e espero que você não me leve a mal, mas esta é a opinião de alguém que entrou de bobeira por aqui e resolveu com muito bom intuito deixar uma mensagem.
t+"
Um comentário:
Depois da saída do Yuka, o Rappa não só perdeu os culhões como também se afundou nas viagens. Abusando das metáforas, as letras da banda chegam num ponto em que perdem o sentido, o que contrasta com a fase simples e incisiva dos outros discos.
Sei da contrapartida social deles, da parceria com a "Hemp Family" e do carioca style deles. Porém, a verdade é que eles são mais um fenômeno da triste música nacional contemporânea.
Acho que ganhei uma pauta para o meu blog...
Postar um comentário